Como funciona o refinanciamento de consignado?
O refinanciamento de empréstimo consignado é uma possibilidade interessante para quem procura negociar melhores condições de juros, prazo ou até receber um valor de crédito de troco na operação. É muito comum que, depois de assinar um contrato de consignado, novas opções mais vantajosas apareçam. Nesse caso, é preciso lembrar que as instituições financeiras muitas vezes estão abertas para negociação e para oferecer propostas melhores. Desta forma, o refinanciamento de empréstimo consignado pode ser uma alternativa para conseguir parcelas menores, prazos mais extensos ou até um valor extra. Ao longo deste artigo, reunimos tudo que você precisa saber sobre a modalidade, como funciona, quem pode utilizá-la, vantagens e regras. Como funciona o refinanciamento de empréstimo consignado? O refinanciamento do empréstimo consignado, apelidado de “refin”, é uma opção financeira estabelecida pela lei do empréstimo consignado, que também traz as regras da operação. De acordo com a legislação, o seu funcionamento e, principalmente, o pagamento das parcelas se assemelha ao consignado. A diferença está na contratação, pois o refinanciamento é uma renegociação de uma dívida pré-existente na mesma instituição financeira. É como se o credor “quitasse” o contrato original e fizesse um novo junto ao mesmo banco com condições diferentes. Para isso, é preciso ter quitado parte da dívida inicial. Exemplo do refinanciamento de consignado Imagine, por exemplo, que um servidor público contratou um consignado em 2019, com prazo de 96 meses com o Banco A. Em 2022, surgiu a necessidade de reduzir as parcelas do empréstimo para fazer ajustes no orçamento. Ele decidiu, então, solicitar ao banco o refinanciamento do empréstimo consignado para retomar ao prazo de pagamento inicial e, assim, diluir o saldo restante em parcelas menores. Desta forma, em vez de finalizar o contrato em 2027, ele terá até 2030 para quitar a totalidade da dívida. Vale citar que, por tratar-se de um novo contrato, é possível conquistar outras condições mais atrativas. Porém, cada instituição financeira tem seus métodos e ofertas específicas para diferentes perfis de consumidores. Isso significa que, antes de solicitar o refinanciamento do empréstimo consignado, o ideal é fazer simulações em diferentes instituições. Em alguns cenários, é mais interessante fazer a portabilidade. Inclusive, essa possibilidade pode fazer com que a instituição original se disponha a oferecer condições mais atrativas para, assim, evitar perder o cliente. Podemos concluir, portanto, que o refinanciamento de empréstimo consignado é uma renegociação da dívida inicial, com o mesmo banco, que pode ser feita após o pagamento parcial do empréstimo original. Lembre-se que essa condição não é uma unanimidade, uma vez que cada banco pode estabelecer os limites adequados a sua política de crédito, mas a prática de mercado é que o tomador tenha de 15% a 30% das parcelas quitadas para fazer a solicitação. Quais contratos podem ser refinanciados? A operação do refinanciamento, renovação ou renegociação de dívidas pode ser realizada em diversas modalidades de crédito, desde uma conta em uma loja até o refinanciamento de imóvel. A ideia, afinal, é reajustar as condições para garantir o pagamento saudável do valor. Legalmente falando, portanto, não há limitações em relação ao modelo de contrato que poderá ou não ser refinanciado. No caso específico do consignado, as restrições estão relacionadas às categorias elegíveis para contratar esta modalidade de crédito. Via de regra, todos os contratos de empréstimo consignado podem ser renegociados, desde que parcialmente pagos pelo tomador, de acordo com a porcentagem estabelecida pela instituição financeira. Na prática, aposentados e pensionistas INSS, servidores públicos e trabalhadores cuja empresa possua o convênio podem refinanciar empréstimo consignado. Refinanciamento de empréstimo com troco Dentro da operação de refinanciamento de empréstimo consignado existem duas hipóteses básicas: retornar para o prazo do contrato original e diminuir o valor das parcelas ou manter o mesmo valor mensal e receber o troco. Como a quitação do contrato original, o total já pago pelo tomador pode retornar para ele como um novo crédito em conta. O valor liberado como troco é calculado com base no quanto da dívida foi quitada, nas parcelas a vencer e na taxa de juros do contrato anterior. Refinanciamento de empréstimo sem troco Outra possibilidade é o refinanciamento do empréstimo sem troco, ideal para o tomador que precisa reorganizar sua vida financeira e quer diminuir o valor das parcelas do empréstimo. A diferença é que o prazo original é retomado e o valor remanescente é diluído nas parcelas do novo contrato. Confuso? Calma, vamos para um exemplo prático de refinanciamento de consignado sem troco, veja só: Um aposentado INSS com um contrato no valor total de R$20 mil e prazo de 80 meses com a metade do valor quitada, poderá quitar os R$10 mil restantes em 80 prestações e não mais 40. Desse modo, as parcelas poderão cair de R$250 para R$125, o que diminui consideravelmente o impacto na renda mensal, sem mudanças na margem consignável. Vantagens do refinanciamento de empréstimo consignado Como vimos por aqui, o refinanciamento do empréstimo consignado pode ser uma solução interessante em diversos cenários. Entenda o porquê: Apesar de ser uma operação extremamente vantajosa em muitos casos, é interessante que o tomador analise suas finanças e faça o balanço da melhor solução a longo prazo. Uma decisão equivocada vai significar uma dívida mais longa, sem ganhos. Refinanciamento ou portabilidade de empréstimo: qual escolher? A portabilidade é outra operação financeira que tem por base a mesma do refinanciamento: encerrar um contrato e iniciar um novo empréstimo, só que em outra instituição financeira. Para isso, o novo banco “compra” a dívida anterior e faz um contrato próprio. Ou seja, trata-se da transferência da dívida para outra instituição e não de uma renegociação. Veja as principais semelhanças e diferenças entre o refinanciamento e a portabilidade de consignado: Portabilidade (transferência da dívida para outra instituição financeira) Refinanciamento (renegociação com a mesma instituição financeira) Banco Novo Mantém-se o mesmo Condições sujeitas a alterações Valor da parcela e taxa de juros Prazo e taxa de juros Número de parcelas Pode diminuir ou ficar igual Pode diminuir ou ficar igual Valor das parcelas Pode diminuir ou ficar igual Pode diminuir ou ficar igual