Empréstimo com garantia de celular: saiba como funciona e como fazer
Essa modalidade gera polêmica porque os consumidores podem ficar sem acesso aos seus smartphones. Empresas financeiras prometem taxas de juros fáceis, até negativas, de contratação e atrativas O interesse em emprestar com celular como garantia vem crescendo online desde janeiro de 2021. A modalidade permite que o consumidor disponibilize seu smartphone para a instituição financeira em troca de um determinado valor. Há a promessa de facilidade na contratação, mas também existe o risco de ter o telefone bloqueado em caso de falta de pagamento. Conheça nas linhas a seguir os principais pontos deste novo serviço financeiro que, por enquanto, está disponível apenas para aparelhos Android, como Samsung, Motorola e Xiaomi. Ressalta-se que o valor oferecido nesta modalidade costuma não ser muito alto, já que a garantia é do próprio smartphone. Os valores costumam variar entre R$ 300 e R$ 3 mil, dependendo do celular do cliente. O pagamento geralmente é feito em até 12x. Tudo sobre empréstimo de celular: o guia completo O Banco Cash reuniu abaixo nove dicas para que você entenda tudo sobre empréstimo de celular. No índice a seguir, veja os tópicos que serão abordados nesta lista. 1. O que é um empréstimo com garantia de telefone celular e como funciona? O empréstimo com celular como garantia é uma opção em que o cliente utiliza o smartphone como garantia de pagamento. Caso as taxas não sejam pagas, a instituição financeira bloqueia o aparelho. Essa modalidade de empréstimo é indicada para quem precisa de dinheiro extra, mas não possui bens mais valiosos, como um carro ou uma casa. Atualmente, a grande maioria das pessoas tem sempre um smartphone em mãos. Portanto, um empréstimo com garantia de celular é uma alternativa onde o aparelho é usado como garantia de pagamento. Com a popularização dos smartphones, bancos e instituições financeiras perceberam que o risco de inadimplência do cliente é menor quando o dispositivo móvel é oferecido como garantia; Isso porque ninguém quer ficar sem usar seu próprio aparelho. Nessa modalidade de empréstimo, o celular funciona como um bem que é dado em troca do valor emprestado. Caso o empréstimo não seja quitado, o celular fica bloqueado e só será desbloqueado após o pagamento da dívida. Esta condição está prevista nos termos contratuais deste tipo de empréstimo. Após a assinatura do contrato, o cliente instala um aplicativo que permite à instituição financeira bloquear o telefone em caso de falta de pagamento. Com o empréstimo é possível obter valores que variam de R$ 300 a R$ 3 mil, e até um pouco mais, dependendo da instituição financeira escolhida. Além disso, o prazo de pagamento costuma ser curto. A avaliação mobile é realizada totalmente online. O cliente responde uma série de perguntas sobre os componentes do aparelho, como bateria, som, câmera, microfone e outros elementos. Além disso, a pessoa também deve enviar fotos para analisar eventuais arranhões ou arranhões no celular. 2. Fácil contratación, incluso para candidatos negativos Uma das vantagens dessa modalidade é a facilidade de contratação. Para solicitar um empréstimo com celular como garantia, a maioria das instituições financeiras exige apenas que a pessoa seja maior de 18 anos, tenha conta em banco e comprove renda de pelo menos um salário mínimo para garantir o pagamento do empréstimo. Além, claro, de ter um celular que funcione bem. Qualquer pessoa que atenda a esses requisitos, inclusive quem estiver negativado, poderá solicitar o empréstimo. Porém, os critérios de aprovação dependem de cada instituição financeira. Como o celular funciona como garantia, as chances de aprovação costumam ser altas. A renda mínima depende do valor solicitado no empréstimo. As taxas não podem representar mais de 30% da arrecadação mensal do requerente. Para solicitar um empréstimo tendo o celular como garantia, são necessários os seguintes requisitos: 3. Taxas de juros atrativas As taxas de juros dos empréstimos que têm celular como garantia tendem a ser menores do que as cobradas em outras modalidades de crédito, como cartão de crédito ou cheque especial, por exemplo. O Custo Efetivo Total (CET) varia entre 6,28% e 11,28% ao mês, o que equivale entre 107,67 e 268,29% ao ano, respectivamente. Para efeito de comparação, a taxa média de juros rotativos dos cartões de crédito gira em torno de 13% ao mês e pode chegar a 300% ao ano. A tarifa do cheque especial nos grandes bancos gira em torno de 8% ao mês, chegando a 155% ao ano. 4. Somente telefones Android são aceitos . Somente proprietários de celulares com sistema Android podem solicitar esse tipo de empréstimo. Isso acontece porque o sistema iOS, presente no iPhone , é incompatível com o tipo de software que todos os contratantes devem instalar. Esse programa permite que a instituição financeira bloqueie o celular em caso de descumprimento. Algumas instituições financeiras aceitam apenas celulares Samsung como garantia. Outros permitem isso de marcas como Motorola , Xiaomi e LG . A avaliação costuma ser feita 100% remotamente e o cliente fica responsável por responder uma série de perguntas sobre os componentes do aparelho, como microfone, bateria, som e câmera. Além disso, também são solicitadas fotografias para avaliar o estado do aparelho. 5. A falta de pagamento pode fazer com que o celular seja bloqueado Um dos pontos mais polêmicos sobre o empréstimo de celular como garantia é o contrato de serviço. O cliente deverá aceitar cláusula que prevê o bloqueio do smartphone em caso de atraso no pagamento da taxa. Usando o software Android , a instituição financeira pode desativar o telefone remotamente. O dispositivo fica inutilizável e só faz chamadas de emergência. O celular só é desbloqueado quando o consumidor regulariza o pagamento. Refira-se que o smartphone permanece na posse do utilizador e que a instituição financeira não tem acesso a quaisquer outras aplicações móveis, como aplicações de chat ou galeria de fotos. 6. A prática é contestada judicialmente Órgãos de defesa do consumidor questionam a prática de bloqueio de celulares em caso de falta de pagamento. O promotor Paulo Roberto Binicheski, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), explica ao TechTudo que “a cláusula é abusiva porque